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terça-feira, maio 24, 2016

Até já, Mágicos


Esta foi uma época muito intensa. Emocionalmente foi bastante desgastante com demasiadas “guerras” fora dos relvados, quer “contra” antis quer “contra” benfiquistas. Felizmente terminou com o, provavelmente, título mais desejado. Até ao terceiro golo no último jogo, no Estádio da Luz, contra o Nacional da Madeira, estive sempre em tensão, ansioso, nervoso, preocupado. Estas jornadas finais, as vitórias arrancadas a ferros e festejadas com uma força brutal exponenciaram todos os estados de alma atrás descritos. Após o terceiro golo tive um momento de total descompressão. Estava feito. Era nosso. Campeões. Tri campeões. Hoje sinto uma alegria imensa dentro de mim, sinto que irradio uma aura de felicidade.

Quando em 11 de Fevereiro de 2005 decidi criar o Mágico SLB e iniciar-me, como blogger, na aventura de escrever sobre o Maior Clube do Mundo fi-lo por sentir que, na altura, o Benfica era muito mal defendido na imprensa e nos programas de TV sobre futebol e, como a blogoesfera estava a crescer, seria um bom meio de conseguir apontar pormenores que antes apenas conseguia fazer em conversas de café. Ao fim destes anos todos a blogoesfera benfiquista cresceu imenso e hoje temos blogs fabulosos que fazem a defesa do SL Benfica com enorme dedicação e uma qualidade factual simplesmente assombrosa e muito melhor do que alguma fiz.

Sempre escrevi com paixão, procurando sempre manter coerência nas análises e opiniões que dei ao longo destes anos todos. Foram 2.818 posts publicados (nem todos por mim, obviamente) que permitiram este blog crescer, ter visitas, comentários, discussões, debates, no fundo, estar “vivo”. Essa paixão pela escrita diminuiu bastante no decorrer desta época e penso que isso foi visível na frequência de posts novos e, acima de tudo, da qualidade dos mesmos. Tirando as análises aos jogos senti muita falta de assunto, de inspiração, de dificuldade em não escrever temas repetidos e já muito debatidos noutros lados ao mesmo tempo que sentia a natural pressão de “alimentar” o blog. Deixou de ser prazer para ser “obrigação” e isso ajudou a um desgaste emocional em relação ao Mágico SLB. As discussões sobre futebol e SLB no Facebook também me tiraram tempo e motivação para o blog. No Facebook as discussões são mais rápidas, mais incisivas, mais fáceis onde temas atrás de temas eram debatidos quase em simultâneo o que depois me tirava vontade de vir repetir temas para o blog. E acho que este espaço não merece isso e quem o acompanha muito menos.

Assim, sinto que é tempo de parar. Não de dizer adeus que isso não consigo dizer mas de dizer um “até já”. Fazer uma pausa sabática. Respirar. Desfrutar desta alegria que sinto pelas conquistas recentes. E, quem sabe, voltar retemperado, com forças renovadas para voltar a dar alma a este espaço que tanto aprecio e que tanto representa para mim. Foram tantas e tantas as vezes que estava no Estádio, a ver a bola, e a pensar nas análises que ía escrever, naquele momento que queria não me esquecer de mencionar, na frase que tinha que dizer. Chegar a casa e ir logo a correr para o computador. Ler uma notícia e pensar logo num post. Ouvir algo e sentir que tinha de escrever. Ultimamente nada disso se passava. Não foi fácil tomar esta decisão mas acho que é a melhor. Irei continuar por aí, nas caixas de comentários dos blogs habituais, não irei desaparecer (para tristeza de alguns :) ).

A todos que acompanharam o Mágico ao longo destes anos o meu sentido e profundo agradecimento. Sem vocês isto não teria um décimo da piada. Conheci muita gente por causa do Mágico, muitos pessoalmente, a quem hoje posso chamar de amigos, com quem privo, com quem partilho esta paixão louca pelo SL Benfica, outros conheço apenas virtualmente mas são presença assídua ao longo de anos. Fiz algumas inimizades também mas, felizmente, foram poucas e passageiras. A todos, sem excepção, o meu muito obrigado por terem estado desse lado.


Até já Mágicos.
Viva o Benfica!

sábado, maio 21, 2016

Marítimo - SL Benfica: 2-6


E a época do Sport Lisboa e Benfica acaba em grande, com mais uma conquista, com a sétima Taça da Liga a chegar às vitrines do Museu Cosme Damião. Uma enorme época de todos os bravos responsáveis por este sucesso. 

Agora é desfrutar o mais possível porque não tardará a termos as "dores de cabeça" da chamada silly season.

Viva o Benfica!!!!

terça-feira, maio 17, 2016

Uma lição à Benfica *



Quando em Outubro passado o Benfica perdeu o dérbi lisboeta por três golos, na Luz, mandei a toalha ao chão. Ao início fraco do Benfica, os mais directos adversários respondiam com vitórias e sem piedade. E eu, ainda mais fraco, desisti, logo ali.

Rui Vitória não me inspirava confiança e o clube parecia à deriva. A equipa dirigente mostrava o nível habitual e apenas os jogadores, com grande destaque para Gaitán e Jonas, davam alguma cor a tão grande desânimo.

Benfica, e os benfiquistas, pareciam definhar neste primeiro terço da época. O futebol era de repelão, de emoção, de desnorte guiado apenas pela qualidade de alguns jogadores.

Na Europa, contudo, o Benfica mostrava uma alma e uma qualidade maior. Parecia que era naquele palco que a equipa melhor se libertava das amarras do passado recente. Uma extraordinária vitória em Madrid colocou a equipa nas primeiras páginas dos jornais. O Benfica começava a renascer, sob a bitola da maior prova de clubes do mundo. Era um sinal.

O segundo terço da época foi, sem dúvida, o melhor. Às constantes lesões de jogadores-chave e outras ausências Rui Vitória respondia com coragem e mestria. Primeiro Guedes, depois SemedoLindelof,Renato e, finalmente, Ederson. Meia-equipa.

A equipa jogava bom futebol, arrasava adversários internos e despachava o campeão russo com duas vitórias saborosíssimas, alcançando os quartos-de-final da Liga dos Campeões, com muitos milhões no bolso.

Na equipa, Jonas mantinha um elevadíssimo rendimento, Pizzi estava no seu melhor, e Carcela aparecia a tapar as ausências de GaitánRenato já era dono do meio-campo encarnado e no ataque, frente ao Estoril,Vitória juntou o ponta-de-lança brasileiro ao grego Mitroglou, para uma dupla letal, sempre coadjuvada pelo mexicano Jiménez, cujo passe ficou pago com os golos e exibições frente à AcadémicaRio Ave, ouZenit, por exemplo.

A perseguição ao líder era feroz, e a equipa respirava saúde e não vacilava. Saía Samaris, entrava Talisca. Entrava Fejsa, saía Almeida. E assim continuou até ao dérbi mais importante da época. Saiu Júlio César e entrou um puto que, apesar das boas indicações na Taça da Liga, acabou por ser a última peça de um tabuleiro defensivo profundamente alterado em relação à época passada.

Esta era já uma hora de confiança. A paixão leva sempre a melhor e, com a liderança a uma vitória num campo onde habitualmente se vence, a onda encarnada renasceu com uma força imparável.

Na Europa, mais dois jogos altamente desgastantes. Os benfiquistas dividiam-se: havia quem achasse que o acumular de competições nas pernas era um factor de motivação e havia quem achasse que o desgaste de tanta intensidade ser-nos-ia fatal na prova maior nacional. Obviamente, eu estava no segundo grupo. A minha crença era muita mas precisei de levar mais umas chapadas do Benfica para acordar para o que estava a acontecer todas as semanas.

A prestação europeia terminou com dignidade, perante uma das melhores equipas do mundo, liderada por um dos três melhores treinadores do mundo. Um estádio cheio despediu-se da Europa dos grandes e a equipa vestia o fato de macaco para o que restava do Campeonato Nacional.

Último terço da época. Sofrimento. Alegria imensa. Um amor arrebatador e uma paixão lancinante. Que lição me deu o meu Benfica. O Benfica, que acordou do pesadelo do início de época bem antes de mim, mostrou-me o que é o Benfica. Mostrou-me a imensidão que há na sua história feita de glória. Mostrou-me de que são feitos os homens que conhecem o Benfica por inteiro.

Na sua grandeza, o Benfica deixou-me entrar para os últimos dez minutos, sem espaço para rancores, sem espaço para lições de moral. Deixou-me entrar para me sentar nas bancadas, para poder gritar “Benfica!” e abraçar todos os golos do Jonas.

Pronto. Já tinha o Benfica dentro de mim, outra vez. Já podia ser feliz, outra vez. Já podia tudo, outra vez.

Jogo da época, no Bessa. Muitas alterações e ainda mais lesões. A equipa jogava mal, talvez o pior jogo dos últimos 30. Os boavisteiros não davam tréguas. O Benfica parecia incapaz de crescer naquele relvado. Mas já havia Benfica dentro de mim. Havia aquela esperança absurda num golo ainda mais absurdo. Havia um passe tenso de Eliseu, um toque de cabeça do improvável Carcela e um pé de gelo de Jonas. Havia golo e um sonho que se começava a viver.

Despachado o Braga, voltámos a jogar fora. Em Coimbra, contra uma equipa que jogou no limite. Fechada a sete chaves. E ainda por cima adiantada no marcador no único remate que fez em 90 minutos. Mas deuMitro e deu Jiménez. Deu a volta e deu Benfica, numa exibição muito competente, depois da visita à Alemanha.

De volta à Luz. A nossa vida já era isto. Passar a semana sem querer saber bem como. Esperar pelo jogo, à sexta, ao sábado, ao domingo ou à segunda-feira.

Em meia-hora frente aos sadinos, e depois do último jogo europeu, fizemos mais do que em jogos inteiros do primeiro terço da prova. Futebol louco, oportunidades, malabarismos e golos. Uma segunda parte de nervos, acabou bem, porque o Benfica já merecia o melhor. Eu, pelo menos, dava o meu melhor, sentado no meu lugar. No lugar que o Benfica me devolveu.

Vila do Conde. Jogo difícil contra mais uma equipa muito capaz a fechar todos os caminhos da sua baliza. Valeu-nos o Benfica, caraças. Valeu-nos um conjunto de jogadores e treinadores cheios de brio, dedicação e paixão. Faltou-nos Jonas e Gaitán, com o pé direito e com o pé esquerdo, de frente para a baliza, mas selámos os três pontos com a cabeça do mexicano que grita sempre “bamos, bamos!”.

Vem aí o Guimarães, vai de goleada! Estamos em grande, nesta altura. Os estádios rebentam de benfiquismo, a equipa rebenta de benfiquismo. E o Benfica observa, ao longe. Pés na terra, camaradas.

Um-zero chegou. Golos falhados pelo nervosismo que aumentava a cada passe. Passes errados pela pressão sobre os ombros de putos de vinte e poucos anos, de dezoito anos, titulares feitos à pressa, mas cheios deBenfica, sim.

Já só se queria, eu já só queria, o campeonato. Mas o Benfica olhou de lado para mim e perguntou-me: mas vais desistir, outra vez? Um lugar na final na Taça da Liga é para ganhar. Carrega Jonas. Carrega, Benfica!

Vamos à Madeira. Vejo preços e pondero viajar. Infelizmente, não posso mesmo ir. Mas o Benfica anotou o meu pensamento e escreveu no meu cachecol: “Vê-me onde quiseres. Mas vê-me”.

Finalmente o Benfica dizia-me que precisava de mim, outra vez. Que precisava dos benfiquistas, todos, os que foram iguais a mim há seis meses atrás e mandaram também a toalha ao chão.

Com dez, por expulsão do fascinante Renato Sanches, a equipa continuou com 11. Nós jogámos aquele jogo. Eu fui à Madeira e ajudei o Mitro e o Talisca, e o resto da malta toda.

Fiquei à tua espera, nessa noite, Benfica. Peguei no meu telemóvel, deixei a minha namorada aniversariante sozinha mas compreensiva, e sozinho fui ver-te aterrar no Aeroporto, às duas da manhã. Tenho o vídeo! E tive frio!

O resto foi ontem. Foi hoje. Foi amanhã e será para todo o sempre. De ti, do Benfica, nunca se desiste. Pode não haver uma segunda oportunidade.

Para terminar: muito obrigado, Benfica, e muito obrigado ao Miguel e ao Peyroteo por me terem convidado para este SectorB32 há muitos anos atrás. Foi um prazer imenso e só levo coisas boas deste espaço porque é assim que tem de ser. Um abraço também aos outros: GonçaloJorge e Marco, que aventura, esta.

A felicidade que sinto neste momento é indescritível. Viva o Benfica!

* luis, do Blog Sector B23

Um dos melhores textos do ano, para não dizer de sempre. Espelha na perfeição o que foi esta viagem do 35. O luis, ao longo desta época, foi um dos meus pilares de confiança. Nos momentos de maior descrença ele esteve presente e muita paciência teve em aturar o meu crónico pessimismo. Fica aqui a minha singela homenagem a um dos melhores bloggers benfiquistas partilhando neste pequeno espaço tamanho texto que todos os benfiquistas deveriam ler. Grande abraço luis. Viva o Benfica!!

segunda-feira, maio 16, 2016

Vitória de Vitória


O Grande vencedor da época: Rui Vitória.

Chegar a um SL Benfica bi campeão para substituir o treinador que mais boa imprensa tem, ter que suportar os ataques mais baixos e as críticas mais injustas, ter que gerir um plantel com muito menos investimento do que nos anos anteriores, ter de encontrar soluções para a vaga de lesões que a equipa sofreu em jogadores fundamentais e responder a tudo sempre com um discurso honesto, humilde, pacífico, sem nunca se queixar, sem nunca abdicar de nada, apostando sem medos nos jovens e mantendo até ao fim as suas convicções. Recuperar o Benfica vencedor, quebrar recordes atrás de recordes, dar à equipa o melhor Jonas e o melhor Pizzi de sempre, potencializar um puto de 18 anos que começa a época na equipa B e acaba no colosso Bayern por 35 milhões. Seria sempre o grande vencedor da temporada. Ao conquistar o campeonato arrasa, por completo, qualquer concorrência. Rui Vitória é o responsável pelo tri campeão nacional, pela melhor equipa, pelo melhor futebol, pelo melhor ataque, pelo melhor marcador. E sempre com elevação.

Não mudo a opinião. Rui Vitória não era uma das opções que defendia para o Glorioso mas, desde o primeiro dia, que defendi que tinha que ter margem de manobra, tempo e espaço para apresentar trabalho. Nunca pactuei com as críticas injustas e infundadas de que foi alvo, críticas essas que eram elogios encapotados a Jorge Jesus. Críticas aos cruzamentos que a equipa de Vitória usava e abusava em contraste com o futebol colectivo e demolidor do segundo classificado. Mas a realidade era que o SLB não usava e abusava dos cruzamentos e o futebol do segundo classificado era tudo menos demolidor e, inclusivê, marcavam muitos golos via cruzamentos. Era a debilidade defensiva da equipa sempre apanhada em contra pé em contraste com a muralha defensiva de Alvalade quando na realidade os adversários do Glorioso tinham uma ou duas oportunidades por jogo enquanto que a tal muralha era facilmente ultrapassada valendo um super Patrício que salvou a equipa vezes sem conta. Foi um ano inteiro disto. E acabou como tinha de acabar, com a vitória de Vitória contra tudo isto. Totalmente merecido.

Ali em meados de Outubro/Novembro alguém me perguntou se o SL Benfica estava melhor ou pior do que no passado recente a que eu respondi "melhor". Mais uma vez fui "atacado" por não ir na onda da bajulação ao Catedrático. Rui Vitória não é o melhor treinador do mundo e, sinceramente, não sei se é o treinador que o Benfica precisa para ter sucesso continuado. Padece de alguns problemas como o seu antecessor: o modelo de jogo é demasiado vulnerável no meio campo enfrentando dificuldades sempre que o adversário tem bons jogadores naquela zona do terreno, demonstrou, algumas vezes, a mesma dificuldade na transição defesa/ataque com uma troca de bola lateral sem capacidade de penetração na defesa adversária e manteve a dependência excessiva da inspiração dos jogadores mais influentes. Estes problemas do passado Rui Vitória não conseguiu resolver mas conseguiu melhorar outros aspectos: Rui Vitória mostrou capacidade de intervenção no decorrer dos jogos, quase sempre que mexia na equipa alterava para melhor o jogo do Benfica; Rui Vitória foi capaz de encontrar soluções internas de qualidade para os problemas de gestão de plantel que teve de enfrentar durante a época; Rui Vitória foi capaz de apostar e potenciar em jovens desconhecidos; Rui Vitória não abdicou de qualquer competição e lutou, olhos nos olhos, com todos os adversários com que jogou; Rui Vitória venceu o jogo que tinha de vencer, não claudicou no momento chave do campeonato, não cedeu à pressão. Tudo isto foi/é uma melhor assinalável em relação ao passado recente. E, se a tudo isto, juntarmos uma honestidade e benfiquismo ímpar é óbvio que o SL Benfica está melhor do que estava no passado.

Esta vitória é do Vitória e ele, como grande homem que é, dá-nos a vitória de bom grado.


sexta-feira, maio 13, 2016

Tudo a pensar no mesmo




Nada mais há a dizer. Vamos eles bravos guerreiros. Rumo ao 35. Carrega Benfica!

terça-feira, maio 10, 2016

Renato no Bayern


O SL Benfica acaba de informar junto da CMVM que chegou a acordo com o Bayern Munique para a transferência da jovem promessa benfiquista Renato Sanches. A estrela em ascensão de 18 anos irá custar aos cofres bávaros 35 milhões de euros no imediato e possíveis 45 milhões por objectivos cumpridos até 2021. 

É daqueles negócios que um clube como o Glorioso não pode recusar. Sim, qualquer benfiquista gostaria de ver o Renato a crescer mais uma época ou duas com o Manto Sagrado vestido mas uma investida destas é irrecusável. Renato tem tudo para ser um monstro no futebol mas ainda não é, ainda tem muitas lacunas e que podem nunca ser colmatadas. Por 35 milhões no imediato é quase impossível o SLB resistir a vender qualquer que seja o jogador em causa quanto mais um "míudo" que nem sequer arrancou a época no plantel principal.

Sim, não esquecer, há menos de um ano o Renato estava na equipa B. Hoje é vendido ao colosso alemão por 35 milhões. Isto sim é potenciar jogadores.

O timming da transferência é que não foi bem escolhido. Em vésperas do jogo decisivo da época, a semana e meia de acabarmos a competição, acho que era perfeitamente possível aguardar mais um pouco. 

Ao Renato o meu eterno obrigado por ter sido um dos principais responsáveis por esta caminhada fabulosa que pode culminar na conquista do 35º campeonato nacional. As críticas que te fiz foram porque acho mesmo que tens um potencial incrível que te pode levar a patamares elevados no panorama futebolístico mundial. Irás crescer no maior clube da Alemanha. Que tenhas tanta sorte e tanta admiração como a tiveste no maior clube do Mundo. Grande abraço Renato. Que te despeças do Glorioso com as faixas de campeão levantado a Taça da Liga.

domingo, maio 08, 2016

Marítimo - SL Benfica: 0-2

Falta uma final!!!

Tanto sofrimento, tanta luta, tanto empenho, tantos inimigos, tanta união, tanta crença, tanta qualidade, tanto apoio, tudo isto tem que culminar no desejado 35º título de campeão nacional. Tem que haver justiça, neste mundo cão, por uma vez que seja, o bem tem que triunfar sobre o mal. O Benfica tem que ser campeão, não podemos claudicar agora. Falta um jogo, apenas um jogo, uma vitória. 

Rui Vitória continua a insistir no seu onze de eleição, mesmo com Renato totalmente desastrado e um Jimenez a pedir para ser titular no lugar de um esgotado Mitroglou. Vitória não cede e o Benfica tem ganho. Hoje, mais uma vez, o Glorioso teve sorte de atirar duas bolas à barra, de ver o guardião adversário fazer três defesas do outro mundo, de marcar dois golos, de não sofrer nenhum e jogar desde os 35 minutos com menos um jogador. Sorte, claro. Foi mais um jogo que não devia ter causado tanto sofrimento tal o caudal ofensivo do SLB e as oportunidades claras de golo criadas mas a bola não quis entrar. E ficar com menos um jogador, numa fase tão precoce do jogo, nesta altura de enorme pressão sobre a equipa, obviamente que temi o pior, que não consegui ficar quieto a ver o jogo e gritei por toda e qualquer perda de bola. Até que Mitroglou marca golo e depois Talisca arruma a questão depois de, pelo meio, Pizzi ter falhado um golo claro. É isto que conta, no final, esta alegria imensa de vencer um jogo contra todas estas adversidades. Ganhar, de forma limpa, categórica, conquistar três pontos e estar a uma vitória do tri campeonato.

Renato tem estado desastrado, não há outra forma de o dizer. Falha passes atrás de passes e, hoje, com um amarelo faz uma falta completamente estúpida que o faz levar o segundo e consequente expulsão. É inaceitável. Um jogador com amarelo não pode ter aquela falta de lucidez. Podia ter sido fatal. Felizmente os seus colegas mostraram que querem mesmo ser campeões e responderam à expulsão à campeão. Foram para cima do adversário e foram felizes. Enormes. 

Não há penalty sobre Renato Sanches. Não há penalty no lance em que num cruzamento a bola bate no ombro do jogador do Marítimo. Não sei qual o terceiro lance que se fala mas se ficou um penalty por assinalar é, apenas, mais um para a contagem nestas 33 jornadas já realizadas. Até o Rui Santos já nos coloca na liderança da Liga Real tal é a evidente palhaçada que tem sido este campeonato no que diz respeito a arbitragens manhosas. 

Mais ninguém merece ser campeão do que nós. O que estamos a fazer dentro do relvado e nas bancadas é algo assombroso e que ficará para sempre na memória de todos nós. Tem que culminar com o título. Não pode ser doutra forma. Seria uma injustiça de todo o tamanho.

Uma final, uma vitória. Rumo ao 35. CARREGA BENFICA!!!!

PS: Minuto de silêncio devidamente respeitado. Um orgulho. Maurício está no hospital mas estável. Boa. Força rapaz, recupera rapidamente.

sexta-feira, maio 06, 2016

Peseiro, mete mais tabaco nisso


Como é que alguém consegue dizer uma coisa destas depois das exibições que tem mostrado nos relvados nacionais nos últimos jogos? Se tem ganho ao Sporting ainda se aceitava que viesse com esta cantilena patética mas depois de perder da forma que perdeu? Não há um mínimo de bom senso? Não discuto as qualidades técnicas de Peseiro mas nunca lhe vi perfil para clube com responsabilidades acrescidas e aqui, mais uma vez, se prova isso mesmo.

Árbitros? Só de me lembrar do que o foi o Nacional - Porto...

Surreal. Mas gosto. Foram muitos anos à espera de ver o clube corrupto neste estado. E acho que ainda vão cair mais.

terça-feira, maio 03, 2016

É tão sporting


Na ressaca do apuramento do SL Benfica para mais uma final, o palhaço anão de Alvalade resolve vir ser sporting para uma conferência de imprensa para criticar qualquer coisa que só mentes pequenas como as dele conseguem encontrar lógica. O clube que mais barulho tem feito ao longo da época, o clube cujo presidente é pago para escrever posts diários no Facebook, o clube que não se cala, vem criticar afirmações de alguém ligado ao Benfica. É surreal. 

São aqueles ladrões que se queixam da polícia quando são apanhados. Todos sabem da existência das malas de dinheiro, das ofertas a adversários do Glorioso para conquistarem pontos contra nós, etc. Negar isso? Nada. Critica-se o facto de se falar disso. Ao ponto de dizerem que há escutas nos balneários da Luz. Eu adianto mais, deve haver escutas também nos balneários de Alvalade, é que todos sabemos bem quem o plantel leonino trata, "carinhosamente", por Babalu. Enfim. 

Isto tudo é tão sporting. É a imagem de marca daquele clube. Sempre foi, andavam eram mais comedidos. Este ano é o tudo ou nada e perderam toda a vergonha, todo o pudor. Assumem claramente como querem ganhar. 

Mas, se houver justiça, não irão ganhar.

segunda-feira, maio 02, 2016

SL Benfica - Sp. Braga: 2-1

Sétima final. Em 9 edições.

Com o pensamento no Funchal, na penúltima jornada, deste duríssimo campeonato, o SL Benfica elimina o Sporting de Braga e apura-se para mais uma final da Taça da Liga, agora Taça CTT. Apesar de todas as alterações que Rui Vitória efectuou no 11 titular e das naturais faltas de ritmo e rotinas o Benfica não claudicou e, especialmente na segunda parte, mostrou um enorme carácter e uma atitude competitiva fantástica que lhe valeu a reviravolta e a justíssima qualificação para a final contra o Marítimo.

Rui Vitória procurou dar descanso a todos os habituais titulares e só não o fez nas posições em que era mesmo impossível fazê-lo: Ederson, Lindelof e Renato. Talvez Renato devesse ter sido poupado mas foi substituído cedo no jogo. Agora é recuperar. Não há tempo para festejar. Concentração máxima para a missão Funchal.

Aconteça o que acontecer está a ser uma época fabulosa dos nossos bravos. Depois de tudo o que foi dito, depois das catástrofes anunciadas, chegar a esta fase na final da Taça da Liga e a duas vitórias de ser tri campeão nacional é obra. Para alguns é sorte, para nós, benfiquistas, sabemos bem que é trabalho, empenho, atitude, humildade e muita, mas mesmo muita, dignidade.


sábado, abril 30, 2016

SL Benfica - V. Guimarães: 1-0

Jardel resolve!

Nova final, novo sofrimento, nova vitória. Liderança isolada a dois jogos do fim. Parece perfeito mas não é, o coração ameaça não aguentar tamanha tensão e ansiedade. Hora e meia após o apito final e ainda tremia de nervoso por causa do jogo e da expectativa para os dois que faltam. Admito que estou "borradinho" para o Funchal. É notório que a equipa está fisicamente esgotada e mentalmente cansada. Há uma enorme vontade e união em sermos campeões mas as pernas começam a não conseguir responder aos desejos do cérebro. Passes fáceis acabam por ficar nos pés dos adversários, decisões simples são substituídas por riscos desnecessários, começa a faltar intensidade, lucidez e, finalmente, a polícia dos cruzamentos pode sair dos buracos onde se esconderam porque agora sim há um exagerado recurso dos ditos para fazer a bola chegar à baliza adversária. Há falta de capacidade de fazer melhor, mete-se a bola na área. Sem critério é complicado resultar.

Rui Vitória como treinador será sempre julgado pelas suas acções e cabe a ele a responsabilidade da equipa chegar a esta fase nestas condições. Se estamos com excelentes oportunidades de renovarmos o título é Rui Vitória o principal culpado mas se estamos fisicamente "mortos" também é Vitória o principal culpado. Nunca abdicou das suas peças principais, foi sempre com elas até ao fim e agora paga o preço dessas opções. Gaitan, Jonas, Mitro e Pizzi estão claramente no pior momento da época. Sálvio que podia ser um reforço de peso para esta altura não teve ritmo de jogo suficiente para poder ser uma mais valia. Carcela necessita de jogos seguidos, não é um jogador para entrar e resolver. Jimenez podia ser titular uma vez por outra porque está fortíssimo. Talisca é 8 ou 80. Eu percebo Rui Vitória, não quis (teve medo?) mexer no 11 que permitiu esta caminhada louca, a recuperação pontual e a excelente campanha da Champions mas em determinados momentos, podia e devia ter dado mais minutos a outros para que agora pudessem ser alternativas reais. Agora é fazer figas.

Muito se fala da sorte. Porquê? Ontem, de facto, o Glorioso não fez um bom jogo mas em que momento tivemos sorte? Na azelhice dos jogadores do Guimarães que na vez que chegou lá à frente fruto de uma azelhice nossa permitiu a Almeida evitar o golo? Foi sorte que tivemos no remate ao lado do Mitroglou ou na bola à trave do Jimenez? Sorte é nada fazer e a bola entrar às três tabelas. O SL Benfica tem feito sempre mais do que o suficiente para vencer os jogos. Ontem, em menor escala, também o fez. O Guimarães foi muito intenso, com uma energia brutal para esta fase da época, mas pouco futebol mostrou. O Benfica controlou quase sempre o jogo excepto nos minutos finais onde o Guimarães ficou por cima por ter muito mais força nas pernas do que os nossos bravos. De resto, a sorte dá muito trabalho.

Jardel a resolver e depois quase a tramar não fosse o colega André Almeida a safar por duas vezes. Ederson seguríssimo. Eliseu a abusar nos remates sem nexo. Lindelof craque. Fejsa a dominar todo o meio campo (que aguente mais dois jogos!!!). Renato esgotado. Gaitan, mesmo de rastos é sempre Gaitan, capaz de tirar um coelho da cartola. Pizzi, Jonas e Mitro em dia não. Jimenez a entrar, novamente, muito bem. Sálvio longe do que conhecemos e precisamos. Samaris para refrescar.

É fácil olhar para esta foto e exigir prisão para Eliseu. A imagem é clara na violência do choque. Mas o que a imagem não mostra é como o lance aconteceu e isso, por muito que doa aos antis, têm toda a importância na interpretação da jogada. Ambos os jogadores se fizeram ao lance e ambos de forma dura. Ao ponto de ter sido assinalado jogo perigo ao jogador do Vitória coisa que a imagem não mostra. Eliseu saltou e chocou, desta forma, com o adversário, mas sempre em disputa pela bola. O lance podia ter sido ao contrário caso Eliseu não tivesse saltado no momento da disputa da bola. Teria sido ele o atingido neste lance. O que não deixa grande margem de manobra foi o derrube a Mitroglou dentro da área do Vitória de Guimarães. Lance rápido, sem dúvida, mas que resulta num derrube do avançado grego do Glorioso num lance para grande penalidade que ficou por assinalar. 

Faltam duas finais. Seria excelente que o segundo classificado perdesse pontos no Dragão para me dar maior tranquilidade para a próxima jornada. Tenho muito mas mesmo muito receio que a equipa não aguente a pressão e quebre nesta recta final, nestes dois jogos que restam para o mais desejado título de sempre. Por isso uma não vitória dos gajos seria como ouro para mim. 

Aguenta Benfica! Aguenta coração!

sexta-feira, abril 29, 2016

Mais uma final

Joga-se hoje, no Estádio da Luz, a antepenúltima final desta caminhada rumo ao trinta e cinco. O adversário é o Vitória de Guimarães e apenas a conquista dos três pontos interessa. 

Custa-me a acreditar nos rumores que andam por aí mas por outro lado é conhecida a amizade que os une e o ódio conjunto que têm ao SL Benfica. Por isso, não podemos esperar facilidades. Se vencermos os nossos jogos não precisamos de nada nem de ninguém, apenas de nós próprios, juntos, unidos, fortes.

Respeitar o Guimarães e lutar com todas as nossas forças por mais três pontos, ultrapassar este difícil obstáculo e continuar no rumo desejado.

BENFICA!!!

domingo, abril 24, 2016

Rio Ave - SL Benfica: 0-1

Benfiquista sofre.

Na antevisão as análises indicavam esta deslocação do SL Benfica a Vila do Conde como o jogo mais complicado até oa final do campeonato. Eu próprio o considerei o jogo da época até ao momento acima de tudo pelo que poderia representar na jornada seguinte. E o jogo tratou de demonstrar toda essa complicação. É notório que o SL Benfica está cansado, jogadores influentes estão a ressentir-se do esforço hercúleo que foi necessário para recuperar os pontos de desvantagem e, depois, de manter a liderança contra tudo o que temos tido que enfrentar. Jonas, Mitro, Pizzi, Gaitan, Renato, são bons mas são humanos. E quanto o adversário prefere poupar-se no jogo contra um adversário directo para estar na máxima força contra o Glorioso diz tudo do que tem sido a postura das equipas que o Benfica tem defrontado nesta recta final.

Rui Vitória apenas trocou Semedo por Almeida no onze titular. Nota-se claramente que Vitória tem medo de mexer na equipa que tão bem conquistou a liderança mas, caro mister, é notório que alguns jogadores não estão bem. As substituições na segunda parte foram muito bem feitas mas pergunto se Sálvio e Jimenez tem sido titulares o jogo não teria corrido melhor nos primeiros quarenta e cinco minutos? Verdade seja dita que este Sálvio é 10% do verdadeiro Sálvio mas Rui Vitória não lhe deu mais minutos de jogo para ele ganhar ritmo suficiente para estar forte nesta fase que tão bem precisamos. Curiosamente, mais uma vez, o sofrimento resulta mais de demérito do SLB do que de mérito do Rio Ave. O Benfica fez, mais uma vez, o suficiente para marcar vários golos e não ter que estar a sofrer tanto até ao fim. No início da segunda parte foram, pelo menos, três lances de golo, que foram desperdiçados. Na primeira parte tivemos logo a abrir uma boa cabeçada de Jardel. Não foi um jogo fabuloso mas foi um jogo mais que suficiente para ganharmos tranquilamente. O Rio Ave não teve um lance de golo claro, pelo menos não me recordo.

Renato Sanches tem sido o motor do meio campo do SL Benfica, tem sido um jogador fundamental nesta caminhada e merece todos os elogios mas anda com uma eficácia de passe deplorável. Incrível os passes falhados que faz, muitos deles demasiado fáceis e simples para se deixar passar. Tem que melhorar, rapidamente, este pormenor se quiser, realmente, ser o jogador que o seu potencial permite atingir. A equipa está de rastos mas unida como sempre. Temos que aguentar mais três jogos.

Soares Dias é isto e sempre será. A facilidade com que amarela jogadores do Glorioso é vergonhosa. Eliseu cai na área do Rio Ave e o árbitro manda seguir. Poucos segundos depois, num lance exactamente igual, um jogador do Rio Ave cai no meio campo do SLB e Soares Dias marca falta e dá amarelo a Eliseu. Devia ter direito a uma percentagem da mala.

Agora segue-se a recepção na Luz ao Vitória Guimarães naquele que se vai tornar no jogo mais importante da época para o Glorioso. Uma vitória irá colocar enorme pressão no Sporting que entrará no Dragão sabendo que um deslize pode ser fatal. Não podemos falhar e, desejo muito pessoal, espero um jogo mais tranquilo que estes últimos. Façam-me esse favor. 

Três finais. Carrega Benfica!!

PS: Para rir um pouco...



quinta-feira, abril 21, 2016

Jogo da época

Faltam somente 4 jornadas para o final do campeonato nacional e o Glorioso vai ao terreno do Rio Ave jogar a primeira dessas quatro finais restantes. Não há outra forma de o dizer: é o jogo mais importante da época até ao momento. É o jogo que pode decidir muita coisa. Não, se o Benfica vencer em Vila do Conde não é campeão, nada disso. Com uma vantagem de apenas dois pontos a vitória em Vila do Conde não dá o título ao Glorioso mas, sem dúvida, que o aproxima bastante. 

É que na jornada seguinte temos um FC Porto - Sporting e é completamente diferente dos verdes entrarem no Dragão com a pressão de saber que qualquer ponto perdido pode ser o adeus definitivo às aspirações de serem campeões do que entrarem no Dragão sabendo que uma vitória os faz, practicamente, campeões. Esse estado de espírito pode, acredito, ser fundamental para o resultado desse clássico.

Por isso ao SL Benfica cabe cumprir a sua missão e vencer o Rio Ave. Contra tudo e contra todas. Contra as malas de dinheiro e promessas de jogadores. Contra Soares Dias. Contra os muitos antis que não se cansam de fazer pressão descarada (e ilegal) nos jornais e tv's. O estádio do Rio Ave estará repleto de ferverosos benfiquistas que, mais uma vez, irão apoiar do primeiro ao último minuto de jogo. E os jogadores, acredito, irão dar tudo por tudo dentro do campo para conquistar os três pontos.

A eles rapazes, a eles!!!


terça-feira, abril 19, 2016

SL Benfica - Vit. Setúbal: 2-1

Aguenta coração.

Um jogo que teve tudo para ser um tranquilo passeio do Bi campeão nacional acabou por ser de um sofrimento brutal colocando em causa a saúde cardíaca dos milhões de benfiquistas espalhados por esse mundo fora. Já vi tantas vezes isto: o SL Benfica a massacrar, o guarda redes adversário a fazer a exibição da vida e, num lance, esporádico sofrermos um golo que dita um empate ou uma derrota. E ontem este tão perto, mas tão perto de voltar a acontecer. Felizmente houve justiça, felizmente tivemos São Ederson a segurar a vitória.

Ainda mal estava sentado e vi o Glorioso sofrer um golo. Inédito penso eu. Mas a resposta do Benfica (e do público) foi assombrosa. Provavelmente os melhores 25/30 minutos que vi no Estádio da Luz nos últimos largos anos. Impressionante o ritmo que o Benfica colocou no jogo e impressionante o apoio vindo das bancadas. Uma união entre equipa e adeptos que rasgou, de alto a baixo, os sadinos que mal passavam do meio campo. Tabelinhas, cruzamentos, remates, cabeçadas, o Benfica fez de tudo para chegar ao golo mas a bola teimava em não entrar. Até que Jonas disse, mais uma vez, presente e empatou a partida para 5 minutos depois Jardel voar bem alto e marcar o seu segundo golo no campeonato e o segundo do SLB na partida. Estava consumada a reviravolta. Com os dois golos a equipa acalmou (e o público também). Foi a descompressão total. Seria impossível o Benfica manter aquele ritmo durante muito mais tempo pelo que o abrandar até ao intervalo foi lógico e inteligente. Mesmo assim podíamos ter ido para a segunda parte com uma vantagem no marcador mais simpática não fosse Pizzi ter falhado escandalosamente o terceiro golo à beira do final da primeira parte.

Pensava eu que no regresso do intervalo o Benfica ía carregar forte mas não aconteceu. Talvez tenhamos acusado o desgaste do jogo com o Bayern e dos 30 minutos da primeira parte. O Setúbal, muito motivado, procurou aproveitar esse desgaste e causou dores de cabeça ao Benfica que falhava muitos passes permitindo recuperações e investidas fortes dos sadinos à nossa baliza. Apesar de tudo, o guarda redes do Vitória continuava a ser o elemento em mais destaque dos adversários tirando mais dois golos do Glorioso que nos dariam a tranquilidade necessária. E depois aquela "assistência" de Pizzi a Arnold que me ía provocando um enfarte. Bendito Ederson. 

Pizzi, Nelson Semedo, Renato simplesmente desastrosos. Mitro pouco em jogo. Safaram-se os centrais, Eliseu e Jonas. Gaitan tentou mas claramente em défice físico. E Ederson, enorme.

O jogo foi tão emocionalmente intenso que acabamos por refilar muito com o árbitro mas sem grandes casos a apontar. Uma ou outra falta ao nosso ataque que nos tira do sério quando estamos a perder mas nada de relevante. Talvez um ou outro amarelo aos sadinos devesse ter saído mais cedo do bolso.

Três pontos vitais na luta pelo 35. Não podíamos perder pontos. Não perdemos. A liderança ainda é nossa e seguimos na luta. Contra tudo e contra todos. Segue-se a difícil deslocação a Vila do Conde. A equipa tem uma semana para recuperar fisicamente e se preparar para o jogo da época. Provavelmente o jogo do título. 

PS: Há imagens que valem mais que 200 mil palavras.




quarta-feira, abril 13, 2016

SL Benfica - Bayern Muchen: 2-2

De alma cheia. Alma benfiquista.

Quando o sorteio ditou que o adversário do Glorioso seria o todo poderoso Bayern de Pep Guardiola o pensamento de qualquer benfiquista foi de "não quero perder por muitos". E, 180 minutos depois, naturalmente os alemães eliminaram o SL Benfica e seguem em frente mas o bi campeão nacional deixou uma imagem que orgulha e honra a sagrada História do clube. Dois jogos contra o colosso alemão onde o SL Benfica jogou olhos nos olhos e obrigou o Bayern a empenhar-se, a sério, para passar às meias finais. Acabar a eliminatória com Talisca, Guedes, Renato, André Almeida, Jovic, Lindelof em campo e a pressionar a equipa de Guardiola procurando a vitória é de encher a alma benfiquista de enorme orgulho. Não tenho o dom da palavra para conseguir passar para a escrita a emoção que sinto neste momento e a alegria que tenho em ver o Manto Sagrado ser envergado por estes jogadores.

Este Bayern de Guardiola foi, provavelmente, a equipa que melhor futebol vi practicar no Estádio da Luz. Um regalo vê-los a trocar a bola, a ocupar espaços. Impressionante a forma como eles cortavam a bola e esta ía parar, sempre, aos pés de um jogador do Bayern. Vários lances em que um jogador alemão corta a bola, de costas, para determinado sítio sabendo que ali ía estar um colega pronto para pegar na bola e arrancar para a nossa baliza. E ver o SL Benfica a bater-se contra este futebol foi maravilhoso. O que o Bayern jogou hoje é aquilo que eu quero, um dia, ver o Benfica a fazer. Este ritmo, esta qualidade, esta confiança. É isto. 

A forma como os jogadores do Bayern festejaram os seus golos, a forma como demoraram nas substituições, as quedas na recta final (prontamente acedidas pelo árbitro) mostram bem o respeito que o Glorioso conquistou junto dos bávaros. 

Talisca esteve quase para entrar para a história mítica das noites europeias. Aquele segundo livre se entra o Estádio vinha abaixo. Pena também para o lance que Jimenez não conseguiu fazer o segundo golo. Seria engraçado ver como o jogo seria com 2-0 a nosso favor. Bravíssimos todos os nossos campeões. Enorme jogo, atitude, empenho, luta, qualidade. Benfica. Simplesmente Benfica.

Não tenho dúvidas que se fosse Almeida a fazer aquela falta sobre Ribery que o árbitro o expulsava. Como foi sobre Guedes, um puto desconhecido do Benfica, ficou apenas um amarelo. Com 2-2 e 15 minutos com vantagem numérica nunca se sabe. Quase impossível mas, nunca se saberá. Curioso também ver o SLB a ter mais livres á entrada da área adversária neste jogo com o Bayern do que no campeonato nacional inteiro. Até parece que atacámos pouco por cá...

E o ambiente? Que loucura. O verdadeiro Inferno da Luz. A ganhar ou a perder foi apoiar de principio ao fim. Os minutos finais foram assombrosos e a despedida é qualquer coisa que só quem lá esteve percebe e irá guardar para sempre. 

Acabou-se o sonho europeu. Era um sonho, apenas um sonho. E o maior elogio é que, contra aquela que deve ser a melhor equipa da actualidade, o Benfica pode sonhar. 

Agora é concentração total no campeonato nacional. É descansar para o ataque às cinco finais que nos separam do tão desejado tri. Com respeito pelos adversários mas com este empenho e atitude. À Benfica.


sábado, abril 09, 2016

Académica - SL Benfica: 1-2

Ainda morro esta época...

Um pequeno erro pode deitar tudo a perder. Num jogo totalmente controlado pelo Glorioso, onde o adversário nada fez, um mau alívio de Eliseu que coloca a bola nos pés de um adversário dentro da nossa área revelou-se fatal ao permitir que uma Académica toda fechada lá atrás ficasse em vantagem no marcador e ainda se fechasse mais. São momentos que podem decidir campeonatos e o erro de Eliseu estava a ter o seu custo. Depois num dos muitos lances de golo do Benfica, Pizzi não passa a bola a Jonas completamente isolado a poucos metros da linha de golo. Seria a reviravolta antes do intervalo e que podia, acredito, modificar o jogo nos segundos 45 minutos. Mais um erro com custos demasiado grandes para o Benfica, para o espírito de luta que esta equipa está a ter a cada desafio que se depara. Erros que do lado contrário o guarda redes não cometia. Rui Vitória mete a carne toda no assador, tira Eliseu, coloca Jimenez e é premiado com o golo salvador do mexicano acabado de entrar e conquistando assim os três tão preciosos pontos e a manutenção da liderança com, no mínimo, dois pontos de vantagem.

Mas coração sofre. Depois do Bessa agora Coimbra. Há que evitar novos sustos porque um dia pode não ser possível ser feliz no final. Felizmente o Benfica jogou bem e fez mais do que o suficiente para marcar três ou quatro golos e ter um jogo muito mais fácil. Nem sempre teremos este azar na finalização. Jogando bem encara-se melhor estes jogos dificeis. Rui Vitória não facillitou e apenas tirou Fejsa da equipa que esteve em Munique. Entrou Samaris para o seu lugar. Jonas muito marcado procurou fugir por onde pudesse, Pizzi procurou espaços e Gaitan pouco em jogo. Renato e Samaris fortes na recuperação mas mal no passe. E Mitro a lutar com os defesas. Algures no jogo é mostrado que o Benfica tinha 75% de posse de bola. E sentia-se isso. Só dava Benfica. Só deu Benfica. Seria uma tremenda injustiça não vencer hoje. Premiar o anti jogo da Briosa com qualquer ponto seria um atentado ao futebol. Felizmente o Bi campeão foi forte até ao fim.

Após uma vitória destas custa-me sempre individualizar pelo que fico-me pela brio, atitude, empenho, de todos os que envergaram o Manto Sagrado. Desde Ederson a Jimenez, passando por Luisão e Sálvio que no banco sofriam como todos nós. 

Capela muito foi falado antes do jogo. Tentou empurrar um pouco a Académica para a nossa área, aquelas faltas contra nós nos minutos finais foram "engraçadas" mas como não expulsou nenhum jogador do SLB por dar murros na relva posso dar-me por feliz.

Faltam cinco finais. Cinco jogos que irão pôr à prova a qualidade do meu coração. Não tenho dúvidas que o stress e ansiedade me estão a fazer crescer cabelos brancos a um ritmo desesperante. Resta fazer figas para que o coração não quebre e aguente até á festa no Marquês.

Tenho muitos anos de futebol em cima e foram poucas as vezes que vi o ambiente que os benfiquistas criaram em Coimbra. Uma coisa assombrosa. Um apoio incondicional e brutal. O público a pegar sempre nos cânticos da claque desde o primeiro minuto. A resposta ao golo sofrido foi qualquer coisa de estrondosa e sempre a empurrar a equipa para o empate. Um orgulho. Não ouvi uma única vez algo que não fosse apenas apoio ao Glorioso. Não há dúvidas da nossa grandeza. Enormes!!!

Cinco finais Benfica, cinco finais. Não me lixes!!!